As apostas para 2020 no universo das STARTUPS
Reunidas no Cubo, centro de empreendedorismo idealizado pelo Itaú Unibanco, em São Paulo, na manhã do dia 17 de dezembro, seis expressivas lideranças do ecossistema brasileiro de inovação analisaram as conquistas do país no setor em 2019 e, mais do que isso, revelaram suas apostas para 2020. “Este ano termina como um divisor de águas na consolidação do empreendedorismo no país, com grandes e importantes aportes, fundadores se transformando em investidores, uma maior movimentação das grandes companhias na aquisição de startups e até startups comprando startups”, disse Renata Zanuto, co-head do Cubo.
Todos eles, no entanto, foram unânimes ao dizer que ainda há muito por fazer – e que 2020 deve ser encarado como um ano de transição, rumo a uma era onde as novas empresas terão papel fundamental no desenvolvimento econômico e social do país. “Temos que sair da bolha São Paulo-Rio-Belo Horizonte-Florianópolis-Recife”, disse. “É preciso expandir e fomentar a base. A realidade em outros lugares é muito diferente da que temos nessas cinco capitais. Se isso não acontecer, um grande número de boas ideias vai morrer. E nunca sabemos de onde pode vir o próximo unicórnio.”
Para Itali Collini, da 500Startups, sair da bolha quer dizer, também, olhar para grupos diversos, incluindo a periferia. “Minha aposta está mais concentrada no propósito e na diversidade dos empreendedores do que nos segmentos de atuação”, diz. “Cada vez mais o impacto social estará no centro dos negócios, gerando resultados positivos para o país que vão muito além do econômico.”
A especialista diz que é necessário, ainda, uma mudança de mindset por parte dos empreendedores brasileiros. “Como o país é muito grande, eles acham que, primeiro, precisam conquistar o mercado interno para, só depois, tornarem-se globais. Isso não é necessariamente verdade e está começando a mudar”, diz, prevendo um aumento da exportação das soluções brasileiras.
No que diz respeito aos investimentos, Maria Rita Spina Bueno, da Anjos do Brasil, diz que observamos este ano um número cada vez maior de pessoas físicas apostando em startups como alternativa ao fraco desempenho das aplicações financeiras. Com a menor taxa de juros da história, a tendência é que isso continue.
Maria Rita, da Anjos do Brasil, enxerga, ainda, um outro segmento de grande potencial para 2020 para as startups que se relacionarem com o consumidor de forma diferente e mais integrada: a curadoria de produtos.
Os especialistas lembram também que ainda existe um gap no relacionamento entre as grandes corporações e as startups. E isso, mais uma vez, passa pela educação. “É preciso investir nessa aproximação. Muitas vezes, as pequenas empresas têm condições de resolver grandes problemas das gigantes de forma muito mais ágil e econômica”, diz Camila, da Endeavor. Chamada de inovação aberta, essa é outra vertente que deve crescer nos próximos anos no país.
Por fim, Maria Rita chama a atenção para as startups dos setores de saúde e educação. “Gostaria muito que os reguladores olhassem para elas Essas empresas, com soluções inovadoras, alta produtividade e muita eficiência, podem mudar a realidade do nosso país também em áreas críticas.”
Leia a matéria completa aqui!!
Fonte: https://forbes.com.br/colunas/2019/12/o-que-esperar-do-mercado-de-startups-em-2020/