É uma grande ideia! Mas qual problema ela resolve?
Não há mal nenhum em ter boas ideias de produtos, serviços ou explorar uma tecnologia. Acontece que essas três coisas são meios para um fim e o fim é um só: entregar valor para alguém. Nenhum produto, serviço ou tecnologia tem valor por si só. O valor só é percebido ao se resolver um problema específico do segmento de mercado. Startups são negócios de risco, baseados em ambientes de incerteza tecnológica e mercadológica. As grandes startups – e também as pequenas e médias porém firmes – começam identificando e atendendo a uma demanda relevante de pessoas.
Essa primeira etapa é a mais importante para um negócio que está nascendo: encontrar um público ou segmento que sofre alguma “dor”. Algo falta para esse segmento e as pessoas e empresas precisam cumprir seus objetivos, mas não conseguem. Esses objetivos são “trabalhos” que uma startup pode realizar para entregar valor. Ao acertar a veia do que o mercado precisa, há grandes chances de a startup conseguir espaço com os primeiros early-adopters e clientes para aprofundar seu produto ou serviço. Essa etapa é o que o professor Steve Blank, uma das referências em empreendedorismo inovador, chama de Costumer Discovery. Esse é um dos primeiros “passos” para um grande negócio. Costumer Discovery é fase em que travamos uma busca profunda por um segmento de mercado que tenha um problema relevante e que esteja disposto a pagar por uma solução. Nessa fase, são empregadas diversas ferramentas de pesquisa para aprofundar o olhar sobre esse segmento e definir se vale a pena abrir um negócio para atendê-lo.
Outro ponto muito importante: a ideia é boa, a tecnologia existe e identificamos um segmento de clientes. Só que para o negócio parar em pé, como em qualquer outro, é preciso saber quanto dinheiro está na mesa. Temos que saber qual o potencial desse segmento de gerar receita e por quanto tempo. É claro que em um ambiente de incerteza, não temos como saber com precisão. Saber navegar neste tipo de dilema é o que diferencia startups e empresas tradicionais.
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Fonte: https://vanzolini.org.br/weblog/2019/01/03/como-comecar-uma-startup-entenda-dor-do-seu-cliente/