Mobilidade urbana e o papel da tecnologia e das empresas na nova economia
A mobilidade urbana é um desafio a ser enfrentado por diversas metrópoles do mundo, que passam pela necessidade de investimentos em transporte público e a crescente necessidade de redução das frotas de veículos e da poluição.
No Brasil, somam-se a este cenário o baixo investimento público – para se ter uma ideia, em 2018, apenas 17% dos R$ 42,85 bilhões investidos em transporte no país foi destinado à mobilidade urbana – e o alto custo do transporte: o gasto com transporte já supera o de alimentação, segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A cultura de compartilhamento de carros é uma tendência mundial. No mundo inteiro, mais de 7 milhões de pessoas usam algum tipo de compartilhamento, mostra outra pesquisa da consultoria Frost & Sullivan. Outro levantamento, realizado pela consultoria Navigant Research em 2013, aponta que o número de usuários de plataformas de carsharing crescerá de 2,3 milhões para 12 milhões em 2020.
Este mercado também está em alta no Brasil e cada vez mais ganha novos adeptos. Só na moObie, uma das maiores plataformas de carsharing do Brasil, de 2018 a 2019, o número de usuários saltou de 75 mil para 440 mil e a quantidade de veículos disponíveis para locação foi de 4 mil para mais de 40 mil cadastrados. Uma pesquisa realizada recentemente pela Ipsos aponta que 30% dos paulistanos aceitam largar o carro para economizar ou mudar o estilo de vida, utilizando outros meios de transporte.
O crescimento intenso deve-se também à expansão nacional que a plataforma empreendeu em março de 2019. O app e a tecnologia da moObie está disponível em mais de 5.500 municípios do Brasil, basta fazer o download na Apple Store ou Google Play. Com isso, até regiões que não contam com táxis ou aplicativos de transporte, têm uma maneira de utilizar carros quando preciso.